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sábado, 22 de maio de 2010

"Brazil (o Filme)", Grã-Bretanha, 1985, Terry Gillian.

Brazil - O Filme é uma comédia britânica produzida por Terry Gilliam, em 1985. Caracteriza-se como uma comédia distópica promovida pelo grupo Monty Python. Lançado em 20 de Fevereiro de 1985, foi escrito por Terry Gilliam, Charles McKeown e Tom Stoppard, com atuação de Jonathan Pryce, Kim Greist, Michael Palin, Katherine Helmond, Bob Hoskins, Ian Holm e Robert De Niro. O título do filme se refere em grande parte à sua característica trilha sonora, a música Aquarela do Brasil, que possui papel de destaque ao longo da trama. O ambiente no qual se desenrola a trama do filme costuma ser melhor chamado pelos críticos como uma distopia (um neologismo que é resultado de uma brincadeira com a palavra "utopia", ou seja, seria aquele modelo com ideal de perfeição, mas que no fim se mostra imperfeito. O filme continua uma linha de produções (literárias e cinematográficas) que exploram as possibilidades de uma suposta sociedade futura formada pela perpetuação dos valores e dos costumes da modernidade. O enredo retrata uma sociedade burocrática e tecnocrática. O herói (ou anti-herói) do filme, Sam Lowry (Jonathan Pryce), vive numa sociedade opressiva do futuro, recorrendo frequentemente a formas de escapismo, representado por sonhos de um paraíso distante. Questiona-se se o Brasil seria o Brazil do filme. No país do filme se desenvolveu uma estranha sociedade em que a burocracia estatal é ineficiente e as classes privilegiadas desfrutam de benefícios de uma modernidade corrompida, por exemplo, a quantidade de cirurgias plásticas feitas pelas mulheres idosas. Paralelamente, existe uma sociedade marginal, pobre e oprimida. A personagem principal, um jovem alienado que, conseguindo um emprego burocrático por indicação de uma influente mãe que mal o conhece, acaba se apaixonando por uma guerrilheira. Em meio às constantes festas promovidas pela elite, bombas estouram, causando uma desproporcional e autoritária reação do governo, que prende e tortura. Sam Lowry perpassa pelos dois polos opostos da sociedade de Brazil, totalmente perdido em meio à burocracia inoperante e ordens sem nexo, enviadas através de obsoletos computadores e máquinas de estranhos formatos, dando a entender que são sempre de segunda-mão. Encontrando-se com a terrorista Jill (Kim Greist), que via em sonhos confusos, ele passa de ignorada peça do sistema a alvo de perseguições.

Um comentário:

  1. O que dizer desse filme? Horror, vexame, insensatez, perspicácia, nunca irreverente. Sólido, cru, cruelmente desconcertante. Por fim triste.

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