domingo, 23 de maio de 2010

Há um certo altruísmo implícito na teoria Durkheimiana?

Para Émile Durkheim a divisão do trabalho não tem apenas o sentido econômico, pautado na produtividade ou geração de lucro. Para o autor, a divisão do trabalho é condição de existência da sociedade. A especialização profissional garante um certo equilíbrio social, pois produz laços morais. Com base nessa concepção, o autor vai tratar a questão enquanto "divisão do trabalho social". Nas sociedades em que predomina uma acentuada divisão do trabalho social, o relacionamento entre especialidades estabelece dependência de uns indivíduos para com os outros, basicamente fundada na especialização de atividades sociais, no âmbito da sociedade, e de tarefas, no âmbito da produção. A divisão do trabalho deve ter por base conceitos morais. A solidariedade é primordial em uma sociedade, dando maior importância as emoções geradas em âmbito social, ou seja, antes de pensarmos nos indivíduos, devemos pensar no bem-estar social. Há controvérias sobre pensar dessa forma, visto que para Durkheim é apenas em sociedades de moral altamente desenvolvida que os indivíduos adquirem sua condição individual. Assim, quanto mais complexas forem as sociedades, mas haveria espaço para a promoção individual (individuação). Será que de fato há um certo altruísmo na teoria durkheimiana? Esse altruísmo é que garantiria o próprio desejo individual?

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